Uma decisão judicial obrigou o
Governo do Piauí a pagar pela realização de cirurgia de redução de
estômago de uma paciente em hospital particular. O procedimento foi
realizado na última segunda-feira e teve despesas estimadas de R$ 40
mil, desde as primeiras consultas e exames até a operação em si. O caso é
um precedente para outras pessoas com obesidade que aguardam na fila de
espera para serem operadas em outro estado, em função da falta de
hospitais habilitados para fazer a cirurgia pelo SUS.
Imagem de cirurgia bariátrica
Paula
Rute Fernandes Pinheiro Maia, 36 anos, tem 1,61m de altura e pesa 118
quilos. Ela foi diagnosticada com obesidade mórbida nível três, que
oferecia risco de diminuição de vida em até 11 anos. Como não existe
hospital no Piauí habilitado pelo SUS para cirurgia bariátrica, a
paciente entrou em uma fila de espera para ser operada em outra unidade
da federação.
Inconformada,
Conceição Mapurunga, cunhada de Paula, afirma que tentou obter junto ao
Estado, ainda no final do ano passado, o pagamento da cirurgia em
hospital privado, o que não conseguiu de imediato. A decisão judicial
saiu há um mês e o Governo pagou cerca de 25 exames laboratoriais e as
consultas com especialistas necessárias no pré-operatório, como
nutricionista, cardiologista, endocrinologista, psicólogo, entre outros.
"Isso abriu um precedente para outras pessoas fazerem a mesma coisa",
disse.
Conceição Mapurunga espera que mais
decisões judiciais semelhantes surjam e forcem o credenciamento de um
hospital no estado para realização da cirurgia bariátrica pelo SUS. Além
do Piauí, só Rondônia, Paraíba, Goiás, Amazonas, Acre e Roraima
precisam mandar pacientes para realizar a operação em outros estados.
A
cirurgia de Paula Maia foi feita pelo médico Gustavo Santos. A paciente
deve ter alta nesta quinta-feira (15). A expectativa é de que ela perca
cerca de 50 quilos nos próximos meses.
Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com
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