A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (8), o vereador
de Piripiri, Genival Cigano (PV), de 43 anos, durante a “Operação
Biditos”, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa
especializada em fraudes a benefícios assistenciais do INSS concedidos a
idosos e deficientes.
Também
foram presos na operação, uma servidora do INSS de Parnaíba, um
empresário e um funcionário público municipal de Piripiri. Ao todo,
estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, nove mandados de
prisão temporária e 25 mandados de busca e apreensão nos municípios de
Piripiri, Parnaíba, Brasileira, Cocal, Barras, Tianguá/CE, Tutóia/MA e
Paraíso do Tocantins/TO, todos expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal
em Teresina/PI.
Segundo a Polícia Federal, as investigações
apontam que a organização criminosa falsificava documentos, como
certidão de nascimento, carteira de identidade e cpfs, para criar
pessoas fictícias. Pelo menos 320 benefícios assistenciais eram
recebidos pelos criminosos em agências do INSS do Piauí e Ceará.
Estima-se
que o prejuízo dessas ações criminosas seja de R$ 27.669.685,27. Os
investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa,
estelionato qualificado, falsidade ideológica e uso de documento falso. A
Justiça Federal já determinou a suspensão dos benefícios e o bloqueio
das contas bancárias dos presos.
Operação Biditos
De
acordo com a Polícia Federal, nome da operação se refere a uma
expressão utilizada por alguns dos membros da quadrilha, que se dizem
ciganos, para se citarem os cartões de benefícios do INSS em seu
dialeto. A operação “Biditos”, contou com a mobilização de 145 policiais
federais dos estados do Piauí, Ceará, Maranhão, Rio Grande do Norte,
Paraíba e Tocantins, além do apoio do Segundo Batalhão da Polícia
Militar da cidade de Parnaíba. Confira a nota da Polícia Federal
NOTA À IMPRENSA
Teresina/PI:
A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje(08/05) a “Operação
Biditos” com o fim de desarticular organização criminosa especializada
em fraudes a benefícios assistenciais do INSS concedidos a idosos e
deficientes. A investigação iniciou-se há aproximadamente oito meses e
contou com o apoio da Gerência Executiva do INSS no Piauí.
Estão
sendo cumpridos na Operação 10 Mandados de Prisão Preventiva, 09
Mandados de Prisão Temporária e 29 Mandados de Busca e Apreensão nos
municípios de Piripiri, Parnaíba, Brasileira, Cocal, Barras, Tianguá/CE,
Tutóia/MA e Paraíso do Tocantins/TO, todos expedidos pela 3ª Vara da
Justiça Federal em Teresina/PI, cuja deflagração contou com a
mobilização de 145 Policiais Federais dos Estados do Piauí, Ceará,
Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e Tocantins. A deflagração contou
ainda com o apoio do Segundo Batalhão da Polícia Militar em
Parnaíba/PI.
Dentre os presos há uma servidora do INSS em
Parnaíba/PI, um vereador, um empresário e um funcionário público
municipal, todos de Piripiri/PI. Identificou-se na investigação que a
organização criminosa recebia mensalmente cerca de 320 benefícios
assistenciais fraudulentos e adotava como modo de agir a criação de
pessoas fictícias por meio da falsificação de documentos públicos (tais
como certidões de nascimento, carteiras de identidade e CPFs, dentre
outros), que eram utilizados para a obtenção dos benefícios em diversas
agências do INSS no Piauí e Ceará. Esses benefícios com indícios de
fraude causaram um prejuízo efetivo ao INSS no montante de R$
27.669.685,27.
A Justiça Federal já determinou a suspensão de tais
benefícios, medida que evitará um prejuízo mensal ao INSS de R$
305.280,00 e um prejuízo futuro estimado superior a 19 milhões de reais.
Os investigados deverão responder pelos crimes de associação criminosa
(artigo 288 do CPB), estelionato qualificado (artigo 171, § 3º, do CPB),
falsidade ideológica (artigo 299 do CPB) e uso de documento falso
(artigo 304 do CPB).
A Justiça Federal também determinou o
bloqueio de contas bancárias dos presos e a suspensão do exercício da
função pública para a servidora do INSS e para o servidor da Prefeitura
de Piripiri/PI. Após a lavratura dos procedimentos legais na
Superintendência da Polícia Federal os presos serão encaminhados ao
Sistema Prisional, onde ficarão custodiados à disposição da Justiça.
O
nome da Operação “BIDITOS” decorre da expressão utilizada por alguns
dos membros da quadrilha, que se dizem ciganos, para se referirem aos
cartões de benefícios do INSS em seu dialeto. Logo mais as 11H será
concedida uma entrevista coletiva à imprensa objetivando passar mais
informações sobre a operação. Teresina/PI, 08 de maio de 2018.
Comunicação Social/SR/PF/P
Fonte: GP1
Nenhum comentário:
Postar um comentário