Denúncias são contra pessoas já presas na Operação Escamotamento, que fazem parte de núcleo operacional. Novas denúncias contra outros núcleos não estão descartadas.
Nesta segunda-feira (10) o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a 1ª Promotoria de Justiça de Cocal, pediram o indiciamento de 13 pessoas presas preventivamente durante a Operação Escamoteamento. O Ministério Público requereu a devolução de R$ 6 milhões desviados por parte dos denunciados e também o retorno para os cofres da prefeitura de R$ 12 milhões aproximadamente.
“São quase R$ 18 milhões porque do total das contas eram 25% de propina e R$ 12 milhões por ressarcimento e danos morais coletivos”, explicou o coordenador do Gaeco, promotor Rômulo Cordão. Na denúncia os presos em abril deste ano são indiciados por fraude à licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Os 13 indiciados feriam parte de um núcleo de operadores da organização criminosa responsável por diversas fraudes em licitações realizadas em Cocal de 2013 até 2015.
O promotor não descarta novas denúncias, já que os envolvidos nas fraudes estão divididos em vários núcleos. “Estamos avaliando ainda e priorizamos estes do núcleo operacional porque estão presos. Além do núcleo operacional há também o núcleo político e também o núcleo de laranjas”, relatou Rômulo Cordão.
Segundo o Ministério Público a prefeitura municipal contratava empresas sediadas no estado do Ceará para a execução de obras no município que eram de péssima qualidade porque as empresas contratadas não tinham capacidade operacional. Contudo os serviços eram pagos para as empresas que, de acordo com o Ministério Público tinham semelhanças e afinidades, formando um cartel.
O Ministério Público informou ainda que os recursos voltavam para Cocal através de transferências bancárias para pessoas residentes no município e que estavam vinculadas à administração municipal. Procurada a Prefeitura de Cocal não se manifestou sobre a denúncia.
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