O Ministério Público do Piauí, por meio da Promotoria de Justiça de
Barro Duro, ingressou, na última sexta-feira (05/06), com duas ações
judiciais contra o prefeito de Passagem Franca, Raislan dos Santos, e
mais sete pessoas por prática de atos de improbidade administrativa. O
promotor de Justiça Ari Martins é o autor das ações.
Na primeira, o
titular da Promotoria de Justiça de Barro Duro pede a indisponibilidade
de bens que chegam a mais de 1 milhão e 800 mil reais do patrimônio do
prefeito, do controlador-geral do município e das gestoras do Fundeb
(Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), do FMS
(Fundo Municipal de Saúde) e do FMAS (Fundo Municipal de Assistência
Social). A indisponibilidade inclui o bloqueio de valores financeiros em
contas bancárias e de bens móveis e imóveis. A intenção é garantir que
este valor seja usado para ressarcir os cofres públicos.
O
promotor de Justiça solicita ainda que o gestor e os servidores públicos
sejam julgados por ato de improbidade administrativa e punidos com as
sanções no artigo 12, incisos II e III da Lei Federal nº 8.429/92, Lei
de Improbidade Administrativa. A legislação prevê as seguintes punições:
a perda da função pública, a perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, o ressarcimento integral do dano, a
suspensão dos direitos políticos, o pagamento de multa, entre outras.
Os
fatos que motivaram a ação estão relacionados a uma série de
irregularidades cometidas pelo gestor e servidores durante o exercício
financeiro de 2016. As falhas na gestão dos recursos públicos foram
apontadas por técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), ao
avaliarem a prestação de contas de Passagem Franca daquele ano.
Entre
as irregularidades constatadas por auditores da corte de contas estão: a
contratação de servidores públicos sem concurso ou processo seletivo;
contratação de serviços sem processo licitatório; dispensa de
inexigibilidade de licitações fora das hipóteses legais e a fragmentação
de despesas contínua.
Ao longo da ação, Ari Martins explica que o
prefeito e os demais gestores tiveram a oportunidade de corrigir as
falhas nas contas públicas e apresentar defesa ao Tribunal de Contas.
Porém, os gestores não o fizeram.
Na segunda ação civil pública, o
membro do Ministério Público aponta que o ato de improbidade consistiu
no pagamento de um vigilante contratado, em 2016, por dispensa da
licitação. O valor pago ao profissional foi de R$ 3 mil, por meio de
três transferências eletrônicas. No entanto, o vigilante não era o
destinatário final. A quantia foi repassada a um então candidato a
vereador de Passagem Franca nas eleições de 2016.
Por conta desses
atos, o promotor de Justiça também pede a condenação do prefeito, de
dois servidores públicos e do então candidato a vereador a sofrerem as
mesmas sanções da primeira ação judicial.
São duas ações judiciais
O OUTRO LADO
O Portal Douglas Cordeiro não conseguiu contato com os citado mas o espaço está aberto para a manfestação dos citados
FONTE PORTAL DOUGLAS CORDEIRO
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