quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Redução de estômago: Liminar obriga Governo a pagar cirurgia

Uma decisão judicial obrigou o Governo do Piauí a pagar pela realização de cirurgia de redução de estômago de uma paciente em hospital particular. O procedimento foi realizado na última segunda-feira e teve despesas estimadas de R$ 40 mil, desde as primeiras consultas e exames até a operação em si. O caso é um precedente para outras pessoas com obesidade que aguardam na fila de espera para serem operadas em outro estado, em função da falta de hospitais habilitados para fazer a cirurgia pelo SUS.

Imagem de cirurgia bariátrica

Paula Rute Fernandes Pinheiro Maia, 36 anos, tem 1,61m de altura e pesa 118 quilos. Ela foi diagnosticada com obesidade mórbida nível três, que oferecia risco de diminuição de vida em até 11 anos. Como não existe hospital no Piauí habilitado pelo SUS para cirurgia bariátrica, a paciente entrou em uma fila de espera para ser operada em outra unidade da federação.

Inconformada, Conceição Mapurunga, cunhada de Paula, afirma que tentou obter junto ao Estado, ainda no final do ano passado, o pagamento da cirurgia em hospital privado, o que não conseguiu de imediato. A decisão judicial saiu há um mês e o Governo pagou cerca de 25 exames laboratoriais e as consultas com especialistas necessárias no pré-operatório, como nutricionista, cardiologista, endocrinologista, psicólogo, entre outros. "Isso abriu um precedente para outras pessoas fazerem a mesma coisa", disse. 

Conceição Mapurunga espera que mais decisões judiciais semelhantes surjam e forcem o credenciamento de um hospital no estado para realização da cirurgia bariátrica pelo SUS. Além do Piauí, só Rondônia, Paraíba, Goiás, Amazonas, Acre e Roraima precisam mandar pacientes para realizar a operação em outros estados. 

A cirurgia de Paula Maia foi feita pelo médico Gustavo Santos. A paciente deve ter alta nesta quinta-feira (15). A expectativa é de que ela perca cerca de 50 quilos nos próximos meses. 

Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com

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