sábado, 6 de outubro de 2012

Candidato é baleado e juiz eleitoral denuncia falta de segurança em São Julião

COLABORAÇÃO PARA O GP1
O clima eleitoral no município de São Julião, localizado a 370 Km de Teresina, na fronteira com o Estado de Pernambuco, não é dos melhores. O juiz da 40ª Zona Eleitoral, Marcos Antônio Moura Mendes, proibiu a realização das carreatas que seriam realizadas neste sábado (6) pelas coligações “Unidos por um São Julião Mais Forte” e “A Força que vem do Povo”.

O motivo da proibição está na falta de policiamento ostensivo nas ruas do município, o que favorece a prática de crimes eleitorais e não garante a integridade física de eleitores e candidatos.

Na noite dessa sexta-feira (5), o candidato a vereador Vanderley José de Sá foi alvejado com dois tiros durante atividades da campanha eleitoral. O candidato foi levado às pressas ao Hospital Regional Justino Luz, em Picos, onde passou por cirurgia. Uma das balas acabou perfurando o pulmão de Vanderley, mas seu estado de saúde já pode ser considerado estável.

“Em São Julião a situação é de pânico geral. Os moradores relatam a presença de motoqueiros encapuzados e armados que estariam ameaçando os eleitores. Infelizmente, sem policiamento, não há como apurar esses crimes”, afirma o juiz.

São Julião está entre os 82 municípios que receberão o reforço da Força Nacional de Segurança no dia 7 de outubro. No entanto, segundo Marcos Antônio Mendes, até a chegada das tropas federais, a população encontra-se desamparada. “Os policiais militares e Exército chegam apenas na tarde deste sábado. Enquanto isso, todos temem que outras tentativas de homicídio possam ocorrer”, relata.

O juiz eleitoral diz ainda que a situação de Alegrete do Piauí é bastante parecida. Ao visitar o município, distante 13 Km de São Julião, deparou-se com apenas dois policiais militares que ficarão responsáveis por garantir a segurança eleitoral do pleito. "Condições plenas de segurança não é colocar um soldado em cada local de votação, e sim garantir segurança nas ruas e manter a sociedade tranquila para votar”, finaliza o magistrado.

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