O promotor de justiça Sinobilino Pinheiro afirmou que o Ministério Público continua com as investigações para descobrir a participação de políticos no esquema de fraude em licitações públicas em municípios do norte do Piauí, principalmente na cidade de Cocal, que tem como prefeito Rubens Vieira.
“Estamos com as investigações em andamento e o nosso objetivo é descobrir como foi a participação de prefeitos e vereadores suspeitos de envolvimento na prática de ‘cartel’ em municípios do Piauí”, disse o promotor Sinobilino Pinheiro.
Até o momento oito empresários atuantes no norte do estado foram presos na operação Escamoteamento, acusadas de fraudar licitações. A quadrilha atuava nas cidades de São João da Fronteira, Bom Princípio e principalmente em Cocal. Segundo o promotor, as empresas ganhavam licitações para obras, locação de veículos e fornecimento de mão de obra, além de serviços de contabilidade. Além de empresários, funcionários públicos e beneficiários do programa Bolsa Família também estão envolvidos.
Ainda de acordo com o promotor, a quadrilha atuou durante dois anos com a ajuda da prefeitura de Cocal para desviar resursos.
“A prefeitura de Cocal ajudou a quadrilha entre os anos de 2013 e 2015 para desviar recursos, e até moradores também chegaram a participar do esquema. Além de Cocal, participaram do esquema os municípios de São João da Fronteira e Bom Princípio, que também foram alvo de ações criminosas”, informou o promotor, que falou também que foram conduzidas 35 pessoas suspeitas de serem ‘laranjas’ envolvidos com empresas de fachada e há suspeita de atuação nos estados do Maranhão e Ceará.
“Já fizemos a análise da documentação apreendida, HD’s de computadores e conseguimos elementos que definiram novos rumos para ajudar a dar continuidade às investigações e saber se há mais envolvidos, sejam agentes públicos ou não”, afirma Sinobilino Pinheiro.
Promotor informou ainda que o "cartel" era comandando por 13 operadores que faziam as transferências bancárias e que movimentaram cerca de R$ 200 milhões.
“Os presidentes de comissões de licitação e funcionários da prefeitura estão envolvidos. Foram feitas buscas tanto na Prefeitura de Cocal, quanto na Câmara de Vereadores” afirma.
No dia 19 de abril o portal Clubesat conversou com o ex-presidente da Comissão de Licitação da prefeitura de Cocal, John Brendan Brito Oliveira, onde negou participação nas fraudes e pediu exoneração do cargo alegando problemas pessoais.
Confira a matéria sobre o caso:
Operação Escamoteamento
No último dia 07 de abril, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a operação Escamoteamento desbaratando uma quadrilha especializada em fraudar licitações no Estado. A ação cumpriu mandados de prisão e condução coercitiva de donos de empresas atuantes no norte do estado do Piauí e empresas do Ceará que atuam nas cidades de Cocal, Buriti dos Lopes e outras cidades do Ceará.
Ainda de acordo com Pinheiro, o "cartel" era comandando por 13 operadores que faziam as transferências bancárias e que movimentaram cerca de R$ 200 milhões. “Os presidentes de comissões de licitação e funcionários da prefeitura estão envolvidos. Foram feitas buscas tanto na Prefeitura de Cocal, quanto na Câmara de Vereadores” afirma.
O que significa Escamoteamento
O nome 'Escamoteamento' faz referência à tentativa dos envolvidos de esconder a atuação da organização criminosa instalada na região. Para isso, valiam-se de empresas sem capacidade operacional, algumas inclusive sem sede física, para dar aparência de legalidade às contratações realizadas.
Fonte: redacao@clubesat.com Publicado por: Redação
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