quarta-feira, 10 de julho de 2013

Juiz cassa prefeitos, vereadores e determina nova eleição em 2 cidades


Os prefeitos e vice-prefeitos de Barreiras do Piauí e São Gonçalo foram cassados e afastados das funções pela Justiça Eleitoral. A sentença foi emitida nos dias 08 e 09 deste mês pelo juiz Carlos Marcello Sales Campos, titular da comarca de Gilbués.
As ações judiciais também tiveram efeito sobre Neuton Neres Moreira e Alessandro da Silva Custódio, vereadores de São Gonçalo. Ambos foram destituídos dos mandatos.
Barreiras do Piauí
Os chefes do Executivo de Barreiras do Piauí foram cassados pela prática de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e abuso de poder econômico. O prefeito Divino Alano Barreira Seraine e seu vice, Manoel Aroldo Barreira Filho, são acusados no processo de aliciar eleitores com dinheiro.
O juiz Carlos Marcello destaca no corpo da sentença o depoimento de Alex Pereira Sales. Ele afirmou em juízo ter recebido R$ 300 para votar em Divino Alano e mais R$ 300 para arregimentar outros eleitores. O dinheiro lhe foi entregue após a votação realizada no dia 07 de outubro do ano passado.
A negociação era sempre intermediada por terceiros. Elvídio Reis dos Santos disse ter recebido R$ 1.200 de um cabo eleitoral de Divino. O dinheiro foi igualmente dividido entre seis pessoas.  
Ao julgar o caso, o juiz determinou o afastamento imediato de Divino Alano e Manoel Aroldo dos cargos e condenou os dois ao pagamento de multa no valor de 15 mil UFIRS. Os políticos ficam inelegíveis por oito anos.
Uma nova eleição deverá ser realizada no município. Até lá, o cargo de prefeito deve ser ocupado pelo presidente da Câmara Municipal.
São Gonçalo
Em São Gonçalo foram cassados o prefeito Anderson Luiz Alves dos Santos, o vice-prefeito Lourival Machado Lima e os vereadores Neuton Neres Moreira e Alessandro da Silva Custódio. Eles foram afastados dos cargos e perderam os direitos políticos por oito anos.
Cimentos, telhas e tijolos. Com esses materiais de construção os candidatos conseguiram arrebanhar votos na eleição do ano passado. O aliciamento dos eleitores aconteceu nos meses que antecederam o pleito.
Testemunhas afirmaram em juízo que as ofertas foram feitas por Neuton Neres e Alessandro da Silva, que disputavam vagas na Câmara dos Vereadores. Na dinâmica aplicada no município, o eleitor recebia os bens e, em troca, votava no candidato a vereador e no prefeito da coligação.
Ao apreciar as provas que constam no processo, o juiz Carlos Marcello determinou a cassação do diploma dos quatro envolvidos, aplicação de multa e realização de nova eleição. O presidente da Câmara assume interinamente o comando do Executivo do município.  
Repórter: Rômulo Maia

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