Marconi Alves de Melo, de 39, e Cleonice Silva, de 37, eram casados havia mais de 20 anos e moravam com a filha. Marconi era aposentado porque tinha uma deficiência física. Já a mulher, trabalhava como gari. Na casa deles, também funcionava um bar. No dia da tragédia, Marconi teria, em casa, uma grande quantia em dinheiro. Ele havia recebido R$ 80 mil de herança do pai.
Dois homens em uma moto teriam invadido a casa e praticaram os assassinatos. O casal estava deitado no quarto quando os assassinos disparam três vezes na cabeça dele e, uma na cabeça dela. A adolescente não estava em casa na hora do crime.
A polícia começou a trabalhar na hipótese de latrocínio — roubo seguido de morte. Porém, o depoimento da filha mudou o rumo das investigações.
De acordo com o delegado Pedro Henrique, que investiga o caso, a menina não se mostrou abalada com a morte dos pais e perguntou por diversas vezes como faria para receber os bens da família.— Ela era de uma frieza impressionante, digna de Hollywood. Duranteos 40 minutos que esteve aqui, perguntou umas 15 vezes como faria para conseguir a herança do pai.
Após o depoimento, a polícia desconfiou de que a mandante do assassinato do casal era a própria filha. Foi pedida a internação da adolescente, que confessou o crime e deu detalhes.
Segundo a adolescente, um vizinho identificado como Beto a convidou para encomendar a morte dos pais. Assim, ela ficaria com a herança e pagaria R$ 10 mil a ele. Beto, então, teria contratado os assassinos. A polícia também investiga a participação da mulher de Beto. Os dois estão foragidos.
Enquanto os corpos dos pais estavam sendo velados, a filhafoi até o banco e conseguiu sacar R$ 1 mil. A quantia foi repassada para o vizinho, segundo a adolescente
MEIONORTE/R7
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