Publicada por: Francine Dutra
Foto: Reprodução
Em
uma transmissão ao vivo no YouTube o professor John Bell, da
Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou que pessoas que pegaram o
novo coronavírus em março já podem estar suscetíveis a reinfecções.
Segundo Bell os anticorpos da covid-19 podem se esgotar entre 10% e 30% a
cada mês e eles “desaparecem rapidamente”.
Recentemente um estudo feito pela King’s
College de Londres com cerca de 90 pessoas apontou que os anticorpos
desapareciam com o tempo, atingindo um ápice três semanas após os
primeiros sintomas e abaixando rapidamente depois disso.
Como o vírus é relativamente novo, ainda não
se sabe ao certo se uma pessoa já recuperada pode ou não contraí-lo
novamente. O que se sabe é que em outros casos de doenças respiratórias
causadas por um coronavírus (como o SARS e a MERS) uma imunidade de
cerca de dois anos foi criada. Em outras variações do vírus (como a OC43
e a HKU1), as pessoas ficaram imunes por um período determinado período
de tempo.
No começo deste mês, a Universidade de São
Paulo (USP) apontou o primeiro caso de reinfecção por covid-19 no
Brasil, quando uma técnica de enfermagem de 24 anos teve dois testes
positivos para a doença em um intervalo de 50 dias. As reinfecções são
raras e não se sabe ao certo quantos casos do tipo existem no mundo.
Uma pesquisa divulgada nesta semana sobre a
resposta do sistema imune em relação à covid-19 aponta que, mesmo sem a
produção de anticorpos contra o vírus, um indivíduo pode produzir
células capazes de destruir a doença em casos de reinfecção. São os
chamados linfócitos T — células reativas que ajudam o organismo na
defesa de infecções.
Em todos os casos, no entanto, a imunidade só
dura até que surja uma nova cepa do vírus, uma vez que a mutação é
inerente a ele. É o que nos faz pegar gripe mais de uma vez, por
exemplo.
Fonte: Exame
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