Publicada por: Liliane Alves
Fonte: FOLHAPRESS
FALAPIAUÍ
O
Ministério da Economia avalia que o auxílio emergencial pode ser
estendido até dezembro. Embora membros da pasta mencionem preocupação
com o impacto fiscal da medida, há o entendimento que pressões políticas
podem levar à prorrogação. O auxílio emergencial já demanda R$ 254,2
bilhões e representa a medida mais cara do pacote anticrise. O programa
foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em
abril, maio e junho. Depois, foi prorrogado por dois meses (até agosto).
A equipe econômica sempre defendeu que a medida fosse temporária e não
se prolongasse, mas a partir de maio amenizou o discurso e passou a
admitir extensões (embora defendendo valores menores).
O
ministro Paulo Guedes (Economia) defende um valor de R$ 200. Ele
entende que esse valor representa aproximadamente a média recebida no
Bolsa Família, e que portanto o auxílio não poderia ser maior do que
isso. No entanto, Guedes já defendia uma redução para R$ 200 em maio
caso a medida fosse prorrogada, e o governo estendeu o auxílio por mais
dois meses mantendo a quantia de R$ 600. A prorrogação do benefício pelo
valor de R$ 600 dispensa um novo aval (e possível derrota) no
Congresso. Isso porque o texto que o criou permite a extensão por ato do
Executivo, mas mantendo os valores previstos na proposta (de R$ 600 ao
mês).
Desde que foi desenhado, para durar três
meses, o auxílio emergencial é alvo de interesse no mundo político,
principalmente em torno dos valores concedidos. O valor de R$ 600 só foi
alcançado após embates entre Executivo e Legislativo durante a
formatação da proposta. Guedes propôs inicialmente uma quantia de R$ 200
e o Congresso pressionou por uma elevação para R$ 500. Depois, o
governo elevou para R$ 600 para ficar com a paternidade do valor
concedido. Apesar disso, Guedes considera que a disputa prejudicou o
formato do auxílio, porque a medida poderia durar mais se tivesse um
valor mais baixo.
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