A infidelidade partidária costuma ser mais percebida nos chamados "grotões". A Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) ajuizou somente no Piauí 111 ações contra o mandato de vereadores, vice-prefeitos e prefeitos em 74 municípios do Estado.
O procurador Marco Aurélio Adão apontou infidelidade partidária dos políticos que mudaram de partido sem justificar a causa, entre eles os prefeitos de Palmeirais, Márcio Teixeira; de Cocal, Fernando Sales; e de Brasileira, Francisco de Assis Amado Costa Bento - que deixaram, respectivamente, PDT, DEM e PSDB e se filiaram ao PSB, do governador Wilson Martins.
Segundo a PRE, das 111 ações propostas, 28 referem-se a políticos que deixaram os partidos pelos quais foram eleitos em 2008 para se filiarem à legenda do governador. A justificativa normalmente é que assim fica mais fácil conseguir benesses do governo, como obras e liberação de recursos em convênios.
Os três prefeitos já tiveram os mandatos cassados em ações anteriores na Justiça Eleitoral, acusados de abuso de poder econômico e compra de votos. Eles ainda estão nos cargos por força de decisão liminar, em face de recurso.
Os prefeitos alegaram que foram expulsos dos partidos originais e, portanto, teriam justa causa para mudar de legenda.
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