O Conselho Consultivo Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan - aprovou nesta quinta-feira (26) em Brasília/DF os tombamentos dos conjuntos históricos e paisagísticos de Piracuruca e Oeiras. A decisão foi tomada com base na representatividade das cidades para a expansão da colonização do Piauí, que se deu do interior para o litoral.
Thiago Amaral
Oeiras
Além de Piracuruca e Oeiras, já foram tombados pelo Iphan o Conjunto Histórico e Paisagístico de Parnaíba; o Cemitério do Batalhão, em Campo Maior; a Igreja São Benedito, a Ponte Metálica João Luís Ferreira e a Floresta Fóssil do Rio Poti, em Teresina; a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, em Piracuruca; o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato; e a Ponte Grande, o Sobrado João Nepomuceno e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória, em Oeiras.
Também aguardam tombamento os conjuntos históricos e paisagísticos de Amarante, Pedro II e Teresina, que da mesma forma que as cidades originárias do século XVIII, continuam contando a história de ocupação do território piauiense, do Pátio Ferroviário de Teresina e da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, também em Teresina. Além desses bens, ainda são buscados os registros da Arte Santeira em madeira do Piauí e da Cajuína como patrimônio imaterial do Brasil.
Oeiras
Em função de seu valor histórico da primeira capital do Estado do Piauí, entre 1939 e 1940 o Iphan tombou isoladamente três bens em Oeiras: a Ponte Grande, o Sobrado João Nepomuceno (1939) e a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Vitória (1940). A proposta agora é abranger uma área mais ampla do Centro Histórico, que inclui alguns dos trechos mais antigos da cidade, como o conjunto da Praça das Vitórias, o entorno dos riachos do Môcha e da Pouca Vergonha,; o conjunto da Praça do Mercado Público Municipal e Praça Mafrense, e o conjunto do Largo do Rosário.
Além destes, o Iphan também pretende tombar a Casa do Canela, uma antiga propriedade rural de arquitetura tipicamente piauiense e totalmente preservada, e a Casa da Pólvora, o único edifício militar remanescente do período colonial no Piauí, construída para abrigar o paiol das forças militares da Capitania. Associadas a esse conjunto também se destacam manifestações culturais de longa tradição, que permanecem vivas no seio da comunidade em celebrações religiosas como a Procissão dos Passos, a Procissão do Fogaréu, o Congo de Oeiras, etc, e que dão sentido e estrutura ao espaço urbano e a ele estão fortemente vinculadas.
Francisco Magalhães/Cidadeverde.com
Piracuruca
Piracuruca
O Centro Histórico de Piracuruca é um conjunto urbano, arquitetônico e paisagístico único, que guarda um importante acervo da arquitetura típica piauiense, ameaçada de desaparecimento pelas constantes substituições e modernizações. A área de tombamento compreende o centro da cidade, onde se destacam remanescentes urbanos e arquitetônicos de todos os períodos pelos quais o município passou ao longo de sua história, desde o início da ocupação de seu território, no século XVII, até por volta da década de 1960.
Já a área de entorno, que resguarda a paisagem da área tombada, se estende até a margem oposta do Rio Piracuruca, cuja ocupação mantém-se ainda relativamente restrita, visando proteger a paisagem e controlar o adensamento, resguardando o leito do rio e garantindo a preservação da vegetação e do ecossistema ali existentes e fundamentais para a leitura e interpretação do espaço.
Da Redação
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