Publicada por: Liliane Alves
FALA PIAUÍ
Foto: Reprodução
O
custo do auxílio emergencial por um período de três meses vai ser 54%
superior ao inicialmente estimado, a 151,5 bilhões de reais, afirmou
nesta quinta-feira o secretário especial de Fazenda do Ministério da
Economia, Waldery Rodrigues, sinalizando que sua extensão passará pela
concessão de um benefício menor.
Em
coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, Waldery indicou que o
prolongamento do pagamento deve ter como baliza o valor pago pelo Bolsa
Família. O auxílio emergencial é hoje de 600 reais. Já o benefício médio
no âmbito do Bolsa Família é de cerca de 190 reais.
“O ministro Paulo Guedes já
colocou as diretrizes para termos, de um lado, a manutenção ao
atendimento dos mais vulneráveis e, dois, o olhar diligente e cauteloso
com relação à questão fiscal”, disse ele, ao ser questionado sobre a
extensão do auxílio para além das três parcelas.
“Chegaremos a uma solução intermediária, não
com o mesmo perfil de hoje. E uma possibilidade, um referencial, é
exatamente o valor trazido pelo Bolsa Família”, acrescentou.
Inicialmente, o governo previu que o auxílio
emergencial teria um custo de 98,2 bilhões de reais por três meses, mas
atualizou mais tarde esse montante a 123,9 bilhões de reais.
Segundo Waldery, o aumento no desembolso
previsto vem pelo tamanho da cobertura e pelos critérios de
exigibilidade que foram colocados para informais e autônomos, que
acabaram abarcando mais gente que o governo inicialmente estimava.
“Como é um auxílio para a economia informal,
para os invisíveis, o auxílio do ponto de vista de quem está cuidando de
política pública está nos permitindo ver grande quantidade de pessoas
que não víamos antes”, pontuou o secretário-executivo da Economia,
Marcelo Guaranys.
Ele destacou que esse contingente teve que
buscar CPF e conta de banco, o que será interessante para o governo
pensar programas futuros.
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