Publicada por: Liliane Alves
Fonte: istoe
Paciente deverá assinar documento dizendo saber que medicamento não tem eficácia comprovada.
Foto: Reprodução
O
Ministério da Saúde publicou nesta quarta-feira (20) um novo protocolo
que orienta o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em casos leves de
Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus e que já matou cerca
de 18 mil pessoas no Brasil.
Até
então, a possibilidade de aplicação desses medicamentos, geralmente
empregados contra malária e lúpus, era restrita a casos graves de
Covid-19. Assim como Donald Trump, o presidente Jair Bolsonaro é
entusiasta do uso da cloroquina contra o novo coronavírus, embora não
exista nenhuma comprovação científica de sua eficácia.
Segundo o protocolo, a cloroquina e a
hidroxicloroquina podem ser usadas já a partir do primeiro dia de
tratamento de pacientes com sintomas leves, que incluem coriza,
diarreia, dor abdominal, febre, tosse, fadiga e dor de cabeça, sempre em
combinação com a azitromicina, usada contra infecções respiratórias.
A aplicação dessas medicações está
“condicionada à avaliação médica” e ao consentimento do paciente. O
protocolo ainda admite, logo em seu segundo parágrafo, que “até o
momento não existem evidências científicas robustas que possibilitem a
indicação de terapia farmacológica específica para a Covid-19”.
A aplicação da cloroquina contra o novo
coronavírus foi motivo de divergência entre Bolsonaro e os ex-ministros
da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Já o Conselho Federal de
Medicina autoriza o uso do medicamento, mas não o recomenda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário